Estou tão feliz que desta vez estou a conhecer bem Portugal – que tem MUITA coisa linda e rica de cultura para conhecer – que não tenho nem palavras para expressar! No ultimo final de semana foi a vez do point do verão, o lugar de umas das praias mais belas do mundo, onde supostamente a água torna-se morna em algum momento do ano, um ótimo destino para quem ama natureza e/ou aventuras, disso eu já tenho certeza: o Algarve! Não posso deixar de comentar e agradecer aos responsáveis por essa experiência de um final de semana maravilhoso: os padrinhos de Diego (namorado), tio Ricardo e tia Laura, que vieram passar uns dias em Lisboa! E com certeza a viagem não teria sido tão divertida sem a companhia deles, estou até agora impressionada com a energia e disposição deles para aventuras, entram MESMO no “clima”! Rs. Então, explicando, antes mesmo de chegarem na terrinha, tio Ricardo falou com Diego via internet e fez uma exigência: vamos fazer uma viagem juntos, nós quatro. E ficou a cargo de Diego pesquisar possíveis destinos… Com o passar do tempo, sem nenhuma conclusão tirada, o padrinho de Diego comentou da possibilidade de irmos ao Porto, fazer um passeio de barco, que ele já tinha feito, mas nós, até agora – pasmem – não o fizemos. Eu e Diego até achamos interessante a principio, mas fazer eles gastarem para irem ao Porto, que já conhecem, fazer passeios que já fizeram, não nos pareceu TÃO interessante. Eu tinha comentado com Diego sobre as praias do sul, mas não tínhamos ido em busca para ver como era mesmo o “esquema” de viagem para lá… Tia Laura, por sua vez, tinha trazido para Lisboa uma revista que muito nos chamou atenção: Viajar pelo mundo. Era uma edição de julho de 2013! Entretanto, havia uma matéria MUITO interessante para quem procura conhecer Portugal: “Portugal com até 50 euros por dia em Lisboa, Porto, Fátima, Algarve e Serra da Estrela”. Algarve! Viram?! Destes, os padrinhos de Diego só não conheciam a Serra da Estrela e o Algarve, mas cá entre nos, não há mais neve na serra da estrela, seria LINDO se ainda houvesse, tem o roteiro de trilhas no parque natural, que eu particularmente indico bastante porque as paisagens são realmente lindas, mas o algarve, nesta época do ano, nos pareceu MUITO mais atraente. Não é o PICO da época alta de verão ainda, mas super SUPER dá para curtir o sol e o mar nesta época SIM. O roteiro sugerido pela revista de dois dias começava pela cidade principal do Algarve: Faro. Tem até um aeroporto internacional lá! Mas como a decisão da viagem foi tirada em cima da hora os preços de avião já não estavam mais tão atraentes e logo compramos passagens de comboio de ída e volta Lisboa-Faro, onde nos hospedamos. Assim que chegamos ao hotel, fomos dar uma voltinha na cidade de forma relativamente rápida, posto que já era relativamente tarde para quem queria curtir o sol e conhecer as praias. Não vimos, portanto, muitos detalhes da cidade, confesso que me pareceu bem menor do que eu imaginava que seria, mas deu para sentir que é uma cidade bastante aconchegante e, na época que fomos pelo menos, BEM tranquila. Fomos caminhando até a costa da cidade, com uma orla bem atendida por bares aconchegantes, mas logo seguimos ao cais da Porta Nova, de onde partem os barcos rumo à Ilha Deserta – vimos esta informação na revista, mas para achar esse Cais foi um POUQUIIINHO difícil, porque em pleno sábado a cidade estava parecendo mesmo deserta! Até estranhamos… O ponto de informação turística estava também fechado! 
A partida dos barcos para a Ilha Deserta tem horários definidos, tivemos que embarcar logo, caso contrario ficaria MAIS tarde ainda para aproveitar o sol e o mar. Nosso erro do dia foi não termos levado lanches conosco para a ilha, não tínhamos comido direito ainda, todos estavam com fome, o trajeto até a ilha leva em torno de 35 minutos e lá so existe UM restaurante. MESMO. Mas sobrevivemos e eu contarei o como… Rs. Mas o trajeto é extremamente agradável, e a vista da cidade por outros ângulos também. 
Assim que chegamos, algumas coisas específicas nos chamam logo atenção. E são as mesmas coisas que continuaram nos chamando atenção durante toda a visita a Ilha, porque ela é MESMO deserta. Rs. A primeira coisa que me chamou atenção e eu achei lindinho foi uma pintura numa pedra próxima ao desembarque, que parecia uma baleira amarela encalhada, mas isso é só um detalhe… Rsss. 
A água transparente e azul, isso sim é lindo para todo mundo, né?! Água limpíssima, transparente e… GELADA (conto mais sobre isso à frente). 
Outra coisa que logo sentimos é o aroma da vegetação da ilha! Serio, não estou a brincar, parece que derramaram zilhões de frascos de perfume na ilha inteira, o aroma é uma delíciaaa, mas confesso que depois de um tempo eu acho que fui me acostumando com o aroma, pois no fim da tarde já não sentia mais nada… Ou é mesmo do ciclo da vegetação, exalar o aroma em determinado período do tempo, não sei… Além do mais, as plantas são mesmo exóticas, ao menos para mim, vinda do Brasil! 
Quando falei acima que só havia um restaurante na ilha, eu quis dizer que só existe, na ilha, o restaurante. Não há mais nada, e faz jus ao nome. É a unica construção de fato presente na ilha inteira, o “point” da ilha. Rss. Toda em madeira, bem aconchegante, com uma vista incrível, staff simpaticíssimo, mas, como já nos havia sido alertado pela revista, preços um pouquinho salgados – quase tão salgados quanto a água do mar por lá… É até mais difícil mergulhar… – e o que nos salvou em termos de “minimização de gastos para maximização de curtição” foi descobrir que ali também funciona uma lanchonete, de preços muito mais amigos, e lá fomos nós… Refeição feita, brinde realizado, pé na areia! 
BEM próximo ao restaurante, há uma praia bem definida e atraente, fomos direto para lá, onde havia uns guarda-sois em palha, tão lindinhos que eu e tia Laura fomos logo fazendo sessão de fotos! Rs. 
Não demorou muito para o primeiro corajoso ir checar as “águas mornas” do Algarve! Rss. Mais do que coragem acho que Diego (sim, foi ele) foi mais curioso mesmo, porque ele adora tecnologia e o tio dele tinha comprado uma câmera nova a prova d’água que Diego estava doido para testar!!! Kkkk É que a água estava MUITO fria mesmo!!! Sim, eu entrei, mas tive que esperar um bom tempo a criar coragem para isso… No início mal conseguia respirar, mas aos poucos nos acostumamos UM POUCO com a água e curtimos o mar. 
Após os minutos de banho de mar e exercício respiratório para aguentar a água gelada, saímos e fomos caminhar na orla, onde encontramos um monumento aparentemente artesanal no meio da ilha, do nada, e aparentemente montado por diversas pessoas que ali chegam, pareceu interessante! E olha o Rio de Janeiro ali, há 7591km da ilha… Quase coloco Recife (minto). 
Muito próximo ao “monumento”, um percurso em madeira, que abrange a ilha inteira, e não é pequena não, ein?! Rs. Lá fomos nós! Passeamos por diversos pontos da Ilha até voltar ao ponto inicial, que é onde termina esse trajeto. 
No meio do caminho, há vários pontos de parada para deslumbre da paisagem e da ilha, há como chegar ao lado oposto da margem onde havíamos tomado banho, há mirantes, e até resquício de obras que não existem mais, onde traquinamos ao escalá-lo para tirar umas fotos “artísticas”! Esses turistas, tsc tsc… 
E aqui me corrijo quanto ao restaurante ser a UNICA construção da ilha, na verdade, bem próximo ao restaurante, também há essas casinhas abaixo, que se tratam de casas de pescadores da ilha! E sim, existe vida nessas casas! A principio achei que seriam apenas pontos de apoio tão desertos quanto a ilha, mas não, de fato haviam pescadores a jogar dominó em uma das casas, quando passamos por perto. Após todo este percurso, pegamos o barco de volta para Faro, seguimos direto para o Hotel e desmaiamos! Estávamos exaustos pois na noite anterior havíamos dormido pouquíssimo e neste dia pegamos muito sol. No meu caso, peguei muito sol depois de meses e mais meses sem muita vitamina D solar! Rs. Estava mesmo a sentir falta disso… Então, recarregamos energias neste fim de tarde/noite para o dia seguinte. 
O dia seguinte:a revista nos indicava como ponto importantíssimo de visita no Algarve a praia da marinha, considerada a mais bela de Portugal – segundo a mesma – e listada entre as 100 mais belas do mundo. O que fizemos?! Alugamos um carro, e decidimos fazer um tour praias do Algarve, e foi LIN-DO! Se já havia me espantado com a beleza da Ilha no primeiro dia, o segundo dia se tornou um dos mais inesquecíveis da minha estadia aqui em Portugal. Nosso roteiro não foi programado, íamos parando segundo a curiosidade, mas no fim das contas terminou sendo o seguinte: Armação de Pêra, praia da Marinha, praia de Benagil, praia do carvalho, praia da Rocha em Portimão [destaque pra essa cidade, que só de passar, me encheu de vontade de voltar ao Algarve e me hospedar por lá!] e, na ultima cidade do nosso roteiro (Lagos), a praia Dona Ana e Dona Maria. Agora peço licença para soltar milhares de fotos neste post, que me foi tão difícil eleger. Este dia foi lindo demais e emocionante! A parada em cada um desses lugares valeu o dia inteiro, e o final de semana também! É incrível!!! De fato, aconselho todos a saírem da caixinha “Lisboa-Coimbra-Porto”, que Portugal tem MUITO a ser explorado e conhecido! Uma pena enorme me dá saber que tem pessoas que já passaram milhares de vezes por Portugal, mas não foram muito além do aeroporto de Lisboa… Principalmente brasileiros… Nós falamos Português, Portugal tem acordos com o Brasil, podemos vir aqui como turistas sem vistos, é um dos destinos mais baratos da Europa e POUQUÍSSIMO sabemos sobre este LINDO país! Dá até vergonha chegar aqui sem saber na-da sobre a cultura do país de fato, mas perceber o quanto eles são inteirados sobre a nossa! Não é a toa que eles entendem mais nosso português do que nós a eles, até nossas novelas são bem assistidas aqui… Mas, uma vez conhecido Portugal, não tem como não curtir! Fica a dica. Então, prontos para as fotos? Aí vai… 
As chaminés das casas do Algarve são um símbolo da região, são mesmo de chamar atenção, com influência de cinco séculos de ocupação árabe em Portugal. A decoração das chaminés no algarve dependiam sempre do tempo para construção e as posses do proprietário, portanto não havia nunca chaminés iguais umas as outras. A cor que mais predomina nas chaminés (assim como observei nas casas das cidades do Algarve em geral) é o branco da cal, mas existem exceções. 
Eu nunca tinha visto verdadeiras falésias tão de perto, as cores delas são lindas em contraste com o mar azul, e ainda são tão altas, TÃO altas, que dá uma mistura de medo de altura, que eu normalmente não costumo sentir, com animação para aventuras! Falar em aventuras, há também grutas de pedra a percorrer, uma experiencia litorânea extremamente distinta das que estou acostumada a ter, apesar de viver no litoral brasileiro dos mais almejados… 
A praia Dona Ana e Dona Maria já não são rodeadas de falésias, aparentemente o mar é mais calmo para os banhistas, além do mais haviam MUITAS crianças nessas praias, e deve ser justamente por esse fato. Nelas, não tomamos banho, já estávamos bem cansados de tanta aventura durante o dia inteiro que nos contentamos em contemplar a paisagem e curtir um sorvete a beira-mar. A cidade de Lagos nos pareceu bem agradável para estadia também, e aparentemente bem preparada para o turismo, mas eu continuo com vontade de um dia voltar ao Algarve e dormir em Portimão. Para além das fotos, há muitos fatos e sensações que não couberam aqui, que marcaram demais essa viagem… Eu estava mesmo precisando recarregar energias e este final de semana foi perfeito para isto! Quando penso que já me surpreendi MUITO com Portugal, esse país me trás uma nova grata surpresa… 
Mural português 