Miradouro de Santa Catarina, Lisboa

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Para completar a saga de Miradouros de Lisboa por mais que eu saiba que ainda existem vários outros, faltava apenas este entre os principais, que eu acredito que é “apenas” o mais famoso apesar de particularmente não ter preferido ele, mas eu explico o porque. Assim que chegamos, meu primeiro alerta, que me remeteu aos mirantes mais badalados, que coincidentemente não foram meus mirantes favoritos: esse definitivamente é um mirante badalado. Fora esta primeira vez que fomos para lá, eu e Diego, e no final de semana passado voltamos novamente lá com um amigo nosso, e todas essas inúmeras duas vezes que estivemos lá este miradouro estava lo-ta-do. Não lotado de forma desagradável, mas lotado de forma “vamos procurar um espaço que esteja livre de pessoas para que possamos sentar”. A primeira coisa avistada foi de fato um quiosque, de estrutura igual a todos os demais quiosques que se apresentam nas praças aqui em Lisboa, lotado de gente e com um cantor/tocador de violão ao vivo, com sotaque SUPER brasileiro, cantando músicas SUPER brasileiras – adoro o quanto ouço Djavan pelas praças aqui… É, eu A-DO-RO Djavan, mas enfim, voltando… – Muito som de conversa, muito som de música e a vista do rio, claro! Bom, neste miradouro, pela localização e orientação, já se faz possível avistar o pôr do sol, mas confesso que não foi das melhores vistas que já tive em Lisboa… Acho que a quantidade de telhados e antenas dos telhados, muito próximos ao mirante, que me deram essa impressão! Rs.. Entretanto o dia estava lindo, claro, com sol, tanto que saímos de casa com pouco menos casacos que o normal e um livro, cada um com o seu, gostamos de sair para parques/praças – e agora mirantes incluso – para ler.

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O elemento que chama mais atenção na praça não é nem o quiosque, nem as pessoas, nem os telhados da casa, na realidade é uma estátua relativamente grande, uma escultura de Júlio Vaz Júnior que faz alusão a Adamastor: faz parte da mitologia greco-romana, mas foi popularizado ao ser referido por Luís de Camões no Canto V de Os Lusíadas. Fica, então, na curiosidade de entender melhor a obra, mais este incentivo à leitura… Rs.

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A princípio tive aquele choque da quantidade enorme de pessoas e da proximidade dos telhados e das várias antenas presentes neles… Mas depois de um tempo alí, buscando o melhor angulo para vencer o topo das casas e tirar fotos da paisagem, fui me acostumando e até gostando da vista a partir dali, confesso. Observei todas aquelas pessoas, tão diferentes umas das outras, entretidas nas suas conversas nos grupos de amizade, outras em pé também a observar as pessoas e a vista, como eu, e pouco a pouco fui me sentindo mais a vontade. Claro, com incentivo de Diego sugerindo procurarmos um lugar para sentar e, finalmente, lermos nossos livros, que era o que queríamos fazer alí a princípio.

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Finalmente, sentamos em uma das “pedras” em que todos pareciam se acomodar com seus grupos de amigos, mas confesso que demorei um pouquinho até me sentir a vontade para abrir o livro e conseguir me concentrar na leitura! Rs. Era tanta coisa acontecendo ao redor… Crianças brincando, pessoas conversando, turistas admirando, cachorros curtindo aquele momento de liberdade, a música… Mesmo assim, depois de um tempo a observar aquele movimento alegre de um dia de sol no meio do inverno europeu, me senti muito a vontade, abri meu livro (Diego já o fazia há tempos antes de mim) e consegui me concentrar. Preciso fazer mais vezes isso para colocar todas as leituras atrasadas em dia, só assim, marcando um EVENTO pra leitura (rs.), eu consigo parar de fazer quaisquer outras coisas supostamente mais importantes por fazer – muitas vezes não são – e simplesmente leio.

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Enfim, nossa tarde de leitura agradável, com uma vista bonita, em um dia animado de sol logo acabou… Porque, antes mesmo de ficar escuro por completo, o céu começou a ficar repleto de nuvens e já não dava mais para ler com total conforto de iluminação heheh Junto à nebulosidade do fim da tarde veio o frio e, como disse, não havíamos saído tão protegidos do frio assim… E foi aí que começou nossa pressa para sairmos de lá e voltarmos para casa! O problema é mesmo que venta MUITO em Lisboa! Se não ventasse tanto com certeza a sensação térmica não seria tão desconfortavelmente fria assim… Não deu para avistar exatamente o pôr do sol, pelas nuvens e por termos saído relativamente cedo de lá, mas nos despedimos do Miradouro com uma vista bastante agradável! Definitivamente, o pôr do sol lisboeta não me decepciona.

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